sexta-feira, 22 de junho de 2007

"Democracia, Cidadania e Solidariedade"

O Ciclo de Conferências, organizado pela Mentanalysis, Psicologia e Saúde Mental, em conjunto com a Livraria da Universidade de Aveiro, encerrou com a realização da última conferência do Ciclo: "Democracia, Cidadania e Solidariedade". A mesa de conferência contou com a presença dos oradores Emílio Salgueiro e Maria José Nogueira Pinto, tendo António Neto assegurado a moderação. O Ciclo encerrou com um momento musical.








segunda-feira, 28 de maio de 2007

"Dimensionalidade da Vida Mental e da Cidade"

No dia 25 de Maio, pelas 21h, realizou-se no Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro a quarta conferência, de um total de cinco, de "A Psicologia e Outros Saberes" com o tema "Dimensionalidade da Vida Mental e da Cidade". A mesma contou com a presença de Maria do Carmo de Sousa Lima e de Gonçalo Byrne. A moderação foi assegurada por Carlos Fernandes, Professor Catedrático de Psicologia da Universidade de Aveiro.





domingo, 20 de maio de 2007

De volta à mesa de conferência...

A iniciativa "Psicologia e Outros Saberes" retorna ao formato de conferência. Assim sendo, aqui fica o convite para a quarta conferência "Dimensionalidade da Vida Mental e da Cidade".


sábado, 19 de maio de 2007

No palco com... Carlos Amaral Dias - Psicodrama Público


No dia 19 de Maio, pelas 15h, decorreu o Psicodrama Público com a orientação de Carlos Amaral Dias e com a colaboração de Ana Sotto-Mayor e Teresca Norton dos Reis. Aqui fica o registo fotográfico.

domingo, 13 de maio de 2007

O saber continua a não ocupar lugar ao sábado - desta vez em jeito de Psicodrama Público

Fiéis a este pensamento, deixamos o convite para a realização de mais um evento no âmbito de "A Psicologia e Outros Saberes" - um Psicodrama Público.

sábado, 12 de maio de 2007

Entrevista de Coimbra de Matos ao Diário de Aveiro (9 de Maio)

Em entrevista ao DA Saúde, Coimbra de Matos, Psicanalista Didacta, define os psicanalistas portugueses como uma «comunidade científica e técnica activa e prestigiada na área profissional» e adverte que o sector carece de um «espaço de diálogo com outras disciplinas científicas e de recursos para a investigação psicanalítica».


DA – Defina-me psicanálise?

CM – Como ciência, é o estudo da subjectividade e intersubjectividade; como terapia, a transformação do estilo relacional patológico e patogénico num estilo relacional criativo e sanígeno (através do processo de mudança da repetição para a inovação – em termos técnicos, da transferência para a nova relação).

DA – Qual, no seu entender, tem sido o desenvolvimento desta área desde Freud?

CM – Da teoria pulsional para teoria relacional – dos instintos para a aprendizagem.

DA – Quem precisa deste tipo de tratamento?

CM – Pessoas em que a repetição de um padrão relacional insatisfatório de instalou.

DA – A psicanálise é aplicável a qualquer pessoa?

CM – Desde que haja ou se possa construir um mínimo de consciência reflexiva, é dizer, auto-crítica e auto-análise.

DA – Como se ensina a fazer psicanálise?

CM – Pela análise pessoal, análises supervisadas e curso teórico-clínico.

DA – Quais as características que tem de ter um psicanalista?

CM – Honestidade intelectual, generosidade, empatia e sensibilidade ao sofrimento humano.

DA – Ainda há, na sociedade portuguesa, o receio de assumir que se está a fazer psicanálise?CM – Muito pouco.

DA – Este método tem vindo a tornar-se, cada vez mais, adoptado face a que patologias?

CM – As neuroses em primeira linha; as depressões, em segundo lugar, as perturbações borderline, em terceiro; alguns casos de psicose.

DA – Como define a comunidade de psicanalistas em Portugal?

CM – É uma comunidade científica e técnica activa e prestigiada na área profissional, do ensino e da investigação e com significativa intervenção sócio-cultural – de que é um exemplo este ciclo de conferências “Psicologia e Outros Saberes”.

DA – Quais as principais carências/dificuldades do sector?

CM – Espaço de diálogo com outras disciplinas científicas e de recursos para a investigação psicanalítica.

DA – Qual é a mais-valia da psicanálise face a outras terapêuticas?

CM- O aprofundar do conhecimento da história relacional do paciente e do seu estilo relacional vigente, origem e base da sua identidade, conduta social e sentimento subjectivo. É na relação de intimidade psíquica partilhada – desenvolvida na cura analítica - que a mudança real do padrão de relação consigo próprio e com os outros se processa, catapultando o analisando para uma visão do mundo e de si mais aberta, expansiva e criadora, com benefícios evidentes na capacidade de realização pessoal e colectiva.

sábado, 5 de maio de 2007

"Psicanálise e Simbologia Religiosa"

No dia 5 de Maio, pelas 15h, realizou-se a terceira conferência, de um total de cinco, de "A Psicologia e Outros Saberes" com o tema "Psicanálise e Simbologia Religiosa". A mesma contou com a presença de Carlos Amaral Dias e de Américo Baptista. José Manuel Anes não pode comparecer, por motivos de saúde, tendo Américo Baptista lido a sua comunicação. A moderação foi assegurada pela Directora Clínica da Mentanalysis, Psicologia e Saúde Mental Sónia Soares Coelho. Hélder Castanheira, Administrador da Universidade de Aveiro para a Acção Social, também esteve presente.



quarta-feira, 2 de maio de 2007

Apresentação dos Conferencistas de "Psicanálise e Simbologia Religiosa"

NOME: Carlos Augusto Amaral Dias

DATA DE NASCIMENTO: 26 de Agosto de 1946

- Licenciado em Medicina
- Doutor em Psicologia Clinica e Agregado em Psicanálise pela Universidade de Coimbra e em Medicina pela Universidade do Porto

- Ex-Professor Catedrático na Universidade de Coimbra e Instituto Superior de Psicologia Aplicada de Lisboa
- Professor Catedrático Convidado do ICBAS (Universidade do Porto) no Doutoramento em Saúde Mental
- Director do Instituto Superior Miguel Torga
- Ex-membro do Conselho de Redacção do International Journal e da International Review of Psychoanalysys
- Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise no quadriénio 1996/2000
- Presidente da Comissão de Ensino da Sociedade Portuguesa de Psicanálise
- Professor visitante da Winsconsin International University e da Universidade Luterana do Brasil
- Autor de cerca de 150 artigos e 21 livros, alguns dos quais publicados em França, Canadá e Espanha

- Exerce em privado como Médico Psicanalista
- Director Clínico da Clinipinel-Clinica de Psiquiatria, Psicoterapia e
Psicanálise, Lda.
- Colaborou e/ou colabora nos mais prestigiados órgãos da comunicação
social portuguesa, nomeadamente “Expresso”, “Diário de Notícias”,
(newspapers), TSF, Antena 1 (Rádio), Canal Saúde (television), com
uma presença permanente na cultura portuguesa.




NOME: José Manuel Morais Anes

DATA DE NASCIMENTO: 1945

• Licenciatura em Química na Faculdade de Ciências de Lisboa
• Nos anos 70, Pós-graduação, como bolseiro, na área da Química Física e Radioquímica no Consejo Superior de Investigaciones Científicas e na Universidade Complutense, ambas em Madrid.
• 1978: Ingressou nos quadros do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária (LPC/PJ), onde permaneceu durante 20 anos, como Perito Superior de Criminalística. Esteve envolvido em investigações tão explosivas (FP-25 e o “caso Camarate”) como a área em que desenvolveu a sua pesquisa: Análise de Vestígios diversos, incluindo os de explosões.
• Reformado da Função Pública, desde 1997.

• 1976-1977: Docente de Biomatemática na Faculdade de Medicina de Lisboa.
• Docente Convidado do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e também do seu Departamento de Ciência Política e Relações Internacionais, onde leccionou na área dos Métodos Quantitativos e, nos últimos anos, Antropologia da Religião. É também Docente, desde 1998, no Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões (ISER) da mesma Faculdade, de cursos na área dos Novos Movimentos Religiosos e Espiritualidades Alternativas – sendo Doutorando nestas áreas.

• É um especialista de Correntes Esotéricas Ocidentais, sendo membro da ESSWE-European Society for the Study of Western Esotericism, dirigida pelos Profs. Wouter Hanegraaff (Univ. Amsterdão) e Antoine Faivre (Jubilado da EPHE-Sorbonne). É autor de diversos artigos e livros acerca de figuras e da própria cultura portuguesa e internacional, religião, esoterismo, filosofia e sociologia.


• Tem-se dedicado também (para além da sua formação em Criminalística), desde 1999, à Criminologia, no quadro da Socio-Antropologia, particularmente no domínio do estudo da Violência em “Seitas” e grupos religiosos radicais. Tem sido Docente de cursos sobre Violência Religiosa e Terrorismo Religioso, quer no ISER, a partir de 2001, quer já em 2006, na Reitoria da Universidade (Clássica) de Lisboa, na Universidade Autónoma de Lisboa e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa - aqui num curso de Pós-graduação e Mestrado em Estudos Avançados de Segurança e Direito, onde lecciona as cadeiras de Violência Religiosa e de Criminalística.

• É Consultor de um projecto interdisciplinar de Investigação científica intitulado “Análise de Ameaças e Riscos à Segurança Interna”, dirigido pelo sociólogo Prof. Paulo Pereira de Almeida, Professor e Investigador do ISCTE, que conta com vários Consultores de dimensão internacional, como Mark Juergensmeyer, Marc Sageman e Jean-Luc Marret.

• É, desde 2004, Vice-Presidente do OSCOT-Observatório de Segurança, Crime Organizado e Terrorismo, presidido pelo Dr. Rui Pereira e é Director de uma nova revista para o grande público, que saiu em Outubro de 2006, intitulada “Segurança e Defesa” e cujo Conselho Editorial integra nomes como Rui Pereira, Ângelo Correia, José Lamego, etc.

• É autor de diversos artigos e livros sobre estes temas, de diversas obras em co-autoria e tem escrito prefácios para vários livros, de entre os quais:
- "Re-creações Herméticas", Hugin ed., Lisboa, 1º. ed. 1996, 2ª. ed.,1997,
- “Re-criações herméticas – II – Lisboa, Hugin, 2004,
- “Fernando Pessoa e os Mundos Esotéricos” – Lisboa, Ésquilo, 1ª. E 2ª. Eds., 2004,
- “Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira” – Lisboa, Ésquilo, 2005

- “As Tentações de Bosh e o Eterno Retorno”, Lisboa, Museu de Arte Antiga, 1994,
- “Poesia e Ciência”, Lisboa, Cosmos/GUELF, 1994,
- “Caos e Meta-Psicologia”, Lisboa, Fenda/ISPA, 1994,
- “Religião e ideal maçónico”, Lisboa, ISER, 1994,
- “Seminário sobre Newton”, Évora, Universidade de Évora/CEHFC, 1995,
- "Masoneria y religión", Madrid, Ed. Complutense, 1996,
- “A Vivência do Sagrado”, Lisboa, Hugin, 1998,
- “A Quinta da Regaleira: história, símbolo e mito”, Fundação Cultursintra, 1998,
- “Portugal Misterioso”, Lisboa, SRD, 1998,
- "L'Âme secrète du Portugal", Paris, L'Originel, nº 9, 2000,
- “L’Homme à venir - Mémoire du XXe.siècle – nº.2”, Paris, Rocher, 2000,
- “Discursos e práticas alquímicas - I”, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001,
- “Esoterismo e Humanidades” – Colibri/Faculdade de Letras de Lisboa, 2001,
- “Discursos e práticas alquímicas – II” – Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2002,
- “O Homem do futuro – um ser em construção” – São Paulo –Br., Triom/USP, 2002,
- “A Creação – La Création” – Lisboa, Atalaia/Intermundos, 2003,
- “Le Sacré aujourd’hui – Paris, Éditions du Rocher, 2003,
- “Templiers: les yeux du Baphomet” – Monts (Fr.), Rafael de Surtis/Editinter, 2004

- “O Pensamento Maçónico de Fernando Pessoa” de Jorge de Matos (Sete Caminhos, Lisboa, 2006)
- “La Franc-Maçonnerie comme Voie d’Éveil” de Rémi Boyer (Rafael de Surtis/Éditinter, Monts, França, 2006).

• Iniciado Maçon no Grande Oriente Lusitano, em 1988, tendo saído em 1990, para constituir a Grande Loja Regular de Portugal-GLRP, onde fundou a Loja “Quinto Império”. Desde então até finais de 1996, foi, sucessivamente, Grande Inspector, Assistente de Grão-Mestre e Vice Grão-Mestre. A partir de 1997, passou a integrar a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP – potência regular internacionalmente reconhecida pela Maçonaria Universal, sendo seu Grão Mestre de 2001 a 2004.
É detentor das mais altas distinções Maçónicas e Membro de Honra de diversas Lojas e Supremos Conselhos Maçónicos Portugueses e Internacionais.

domingo, 29 de abril de 2007

O saber não ocupa lugar... ao sábado

Partindo da ideia de que o saber não ocupa lugar - mesmo ao sábado - aqui fica o convite para a terceira conferência do Ciclo "A Psicologia e Outros Saberes"

quinta-feira, 19 de abril de 2007

"Universidade: Mudança, Polémica e Diálogo”,


Realizou-se no dia 18 de Abril, pelas 18h, a segunda conferência do Ciclo "A Psicologia e Outros Saberes". A mesma foi proferida por António Coimbra de Matos (Psicanalista Didacta e Psiquiatra) e por José Manuel Canavarro (Pró-Reitor da Universidade de Coimbra e Professor de Psicologia da FPCE da UC), com o Vice-Presidente da Associação Académica da UA como moderador.


terça-feira, 17 de abril de 2007

Apresentação dos Oradores da Conferência "Universidade: Mudança, Polémica e Diálogo"

NOME: António Coimbra de Matos

. Psicanalista didacta

. Professor convidado:
- da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação de Lisboa
- do ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada

. Livros publicados:

- A DEPRESSÃO: Episódios de um Percurso em Busca do seu sentido. Climepsi, 2ª. Ed., Lisboa, 2007.
- O DESESPERO: Aquém da Depressão. Climepsi, 2ª. Ed., Lisboa, 2007.
- ADOLESCÊNCIA: O Triunfo do Pensamento e a Descoberta do Amor. Climepsi, Lisboa, 2002.
- PSICANÁLISE E PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA. Climepsi, Lisboa, 2002.
- MAIS AMOR/MENOS DOENÇA: A Psicossomática Revisitada. Climepsi, Lisboa, 2003.
- SAÚDE MENTAL. Climepsi, Lisboa, 2004.


NOME: José Manuel de Albuquerque Portocarrero Canavarro

. Pró-Reitor da Universidade de Coimbra e Professor Auxiliar, com nomeação definitiva, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

. Representa o Partido Social Democrata no Conselho Nacional de Educação, por eleição do respectivo Grupo Parlamentar.

. Presidente do Conselho Científico da Associação Empresários pela
Inclusão Social (EIS).

. Entre outros cargos de relevo regional e nacional, foi Assessor do Presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (1991 a 1995), Vogal de Comissões de Avaliação Externa do Ensino Superior, área da Educação (2000 e 2004), Delegado Regional do Centro do IEFP (2002), Pró-Reitor da Universidade de Coimbra (2004) e Secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa do XVI Governo Constitucional (2004 a 2005).

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O Ciclo de Conferências continua...

No próximo dia 18 de Abril tem lugar, pelas 18 horas, no Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro, a conferência intitulada "Universidade: Mudança, Polémica e Diálogo”, proferida por António Coimbra de Matos (Psicanalista Didacta e Psiquiatra) e por José Manuel Canavarro (Pró-Reitor da Universidade de Coimbra e Professor de Psicologia da FPCE da UC), com Luís Ricardo Ferreira (Presidente da Associação Académica da UA) como moderador. A referida conferência é a segunda do Ciclo de Conferências Psicologia e Outros Saberes, que decorre de Março a Junho.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Entrevista a José Almeida e Costa no Diário de Aveiro (11 de Abril)

José Manuel Almeida e Costa, co-fundandor da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, defendeu, em entrevista ao DA Saúde, que o núcleo familiar está, hoje, em «constante mutação». O Psicólogo é apologista de uma maior interferência dos terapeutas familiares na área hospitalar, nomeadamente nos IPO's e hospitais pediátricos, onde existem situações de crise emocional que importa acompanhar.

DA - Em que consiste a Terapia Familiar?
JAC - É um invento que surgiu durante os anos 50, que acaba por resultar, um pouco, da dificuldade que havia, na psiquiatria, de entender a esquizofrenia. Esta é uma das áreas de abrangência. A certa altura, começaram a perceber que havia comportamentos que apareciam, quando os familiares estavam hospitalizados e a família aparecia, ou seja que o paciente, que a certa altura estava a recuperar, começava a receber visitas e a piorar. Então, começaram, de alguma forma, a relacionar em que medida é que…

DA - … o conceito de família…JAC - … o conceito de família afectava ou não o comportamento ou o sintoma de esquizofrenia. Este conceito nasce na Califórnia e na Costa Oeste dos Estados Unidos, onde começaram a abrir a ideia do conceito da relação individual à interacção. Passaram a preocupar-se com problemas de comunicação.

DA – Quando é que ela surge em Portugal?
JAC – Surge há cerca de trinta anos com um grupo de estudo, composto por oito pessoas, dos quais trabalhavam na droga, dois psicólogos, um trabalhava no centro de saúde mental infantil, e o resto trabalhava na clínica de psiquiatria do Hospital de Santa Maria.

DA – Porque decidiram criar a Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar?
JAC – Por acaso e necessidade. Eram três sítios diferentes, que trabalhavam com famílias e com pacientes e que, de repente, pensaram: porque havemos de deixar a família de fora? Depois, percebemos que não éramos os únicos a pensar nisso.

DA – Qual é a situação da terapia familiar em Portugal?
JAC – Acho que a terapia familiar está, neste momento, a dar uma grande volta, porque, de facto, em termos institucionais, mantém, ainda, um interesse grande. Há locais onde deveria haver uma interferência maior junto das famílias do que há. Estou a pensar, por exemplo, no IPO, nos hospitais pediátricos, etc., onde, efectivamente, ela não aparece muito. Ou seja, são situações que desequilibram as famílias e era importante que a terapia familiar interviesse, bem como ter um fazer mais uma intervenção de risco.

DA – Até porque há famílias completamente desestruturadas.

JAC – Sim, as chamadas famílias multiproblemáticas. Está na moda usar este conceito, porque multiproblemáticos somos todos. Há uma ideia generalizada de que o conceito é mais aplicado, se quiser, às famílias frustres, de baixo nível cultural, vivendo mal do ponto de vista económico e inventaram este nome de famílias multiproblemáticas, ainda que hajam famílias multiproblemáticas em contextos de classe social alta.

DA – Quais são as maiores necessidades da Terapia Familiar em Portugal?
JAC – A necessidade é conhecida. A Terapia Familiar foi introduzida em Portugal e na Europa com toxicodependentes, pelo Centro de Estudos e Profilaxia da Droga e era considerado arriscado e pouco útil trabalhar com toxicodependentes. Hoje, toda a gente trabalha. Hoje, qualquer CAT (Centro de Atendimento a Toxicodependentes), em Portugal, arrisco a dizer, tem uma visão “familiarista”, ou seja, fazem uma intervenção mais alargada e há centros, hoje, que estão mais virados a ir ao encontro do local onde as pessoas vivem.

DA – Na área hospitalar, seria importante e imprescindível avançar com este conceito?

JAC – Acho que seria, porque se tratam de situações de crise. Repare-se que há, também nos Estados Unidos, Centros de Crise de Intervenção Familiar, ou seja, centros que são chamados e eles vão a casa das pessoas e aos hospitais e há nos hospitais, também, muitos dispositivos montados para fazer o acompanhamento das famílias. Por exemplo, quando se tem de comunicar uma má noticia, não é como cá, há todo um trabalho prévio antes das coisas serem consumadas e, depois, há um acompanhamento “ a posteriori”. Antigamente, colocavam-se as pessoas à porta e, hoje em dia, já não é assim.

DA – Há uma maior transparência…JAC – Mais até nos médicos de família e foi até o Daniel Sampaio que introduziu, de alguma forma, este conceito na medicina geral e, hoje, é uma disciplina obrigatória.

DA – Há sensibilidade das famílias para receberem esta terapia?
JAC - Há, depende também do terapeuta. Nunca tive a menor das dificuldades.

DA – Não há uma reacção defensiva…?
JAC – As coisas têm mudado um pouco. Antigamente, por exemplo, em relação à toxicodependência, os pais estavam muito preocupados; hoje, os pais já têm uma cultura sobre a droga maior do que tinham. Hoje, vê-se mais a Terapia Familiar a trabalhar com casais e filhos de toxicodependentes e os pais já estão noutro patamar.

DA – Face a que patologias se recomenda a Terapia Familiar?
JAC – Penso que todas são passíveis de Terapia Familiar, depende muito da postura. Penso que todos os terapeutas familiares mudaram um pouco a sua postura e não se preocupam em saber muito o que se passa com o indivíduo, mas interessa-lhes saber como o indivíduo está inserido no meio. Portanto, de alguma forma, hoje em dia, estamos interessados em saber como é que determinados indivíduos que estavam destinados a ter um mau futuro, conseguem ter um bom futuro. Por exemplo, como é que é possível que de um determinado bairro, de repente, aparecem pessoas que seguem uma carreira e acabam no MIT.

DA – Para si, enquanto psicólogo, é mais difícil trabalhar um núcleo familiar ou um individuo?
JAC – Hoje, trabalho uma pessoa, individualmente, numa perspectiva familiar.

DA – Como analisa o núcleo familiar dos nossos dias?

JAC – O núcleo familiar está, hoje, em constante mutação. Já não há família de papá, mamã e filhos. Hoje o que chamamos de Terapia Familiar começa a ser um eufemismo. A Família está em constante mutação.

DA – E hoje há a “aldeia global”…
JAC – E essa é “outra história”, em que cada vez mais as pessoas passam a vida sozinhas, agarradas a um computador e, hoje, há uma perspectiva completamente diferente das relações interpessoais.

quinta-feira, 29 de março de 2007

"Portugal: Irreverência e Criatividade"


No dia 28 de Março, pelas 18h, realizou-se a primeira conferência de "A Psicologia e Outros Saberes" com o seguinte tema "Portugal: Irreverência e Criatividade". A mesma contou com a presença de José Manuel Almeida e Costa, da área da Psicologia, e de Henrique Cayatte, do campo do Design. A moderação foi assegurada por Carlos Fernandes.

(Para saber mais sobre os intervenientes ver post "Programa «A Psicologia e Outros Saberes»)

segunda-feira, 26 de março de 2007

José Manuel Almeida e Costa - a brief overview

I. Personalia
José Manuel de Almeida Costa
Date of birth: July 29, 1937
Adress: Vale Marinha, Almoçageme, 2710, Colares.
Phones:
Home(351)21 929 1354
Email: jmac@esoterica.pt
Office:(351)21 355 5193; Fax (351)21 315 2333
Mobil: (351)91 723 0199

II. Formations

l964-l967 - Psychology. Social psychology course at the Instituto Superior de Psicologia Aplicada (I.S.P.A.), Lisbon, Portugal.

l973-l983 - Group analysis by the Sociedade Portuguesa de Grupanalise, of which is an effective member.

l982 - Course at the Mental Research Institute of Palo Alto, California, USA.

l985 - Training at the Instituto di Terapia Familiar di Roma, for one month, under the supervision of Professor Maurizio Andolfi.

l986 - Post graduation in Family Therapy at the Family Center of Berkshire, Massachusetts, USA.

l987 - Training with the Groupe de Recherche sur les Pratiques de Reseaux at the University of Montreal, under the supervision of Professor Claude Brodeur.

l993 - Advanced formation in Family Therapy at the Family Center of Berkshire, Massachusetts, USA.

l995 - “Solving conflicts: Mediation and Negotiation” at the University of California, Santa Barbara, Department of Science, Engineering & Management.

III. Professional activities:

l979 - Founding member of the Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

l976-l983 - Team leader at the Centro de Acolhimento de Familias” do Centro de Estudos e da Profilaxia da Droga (CEPD).

l985-l987 - Invited as teacher by the Instituto Superior de Psicologia Aplicada (I.S.P.A.) to minister the subject on Family Therapy.

l984-l997 - Family therapy supervisor in the team of Centro de Acolhimento de Familias do Centro de Estudos e da Profilaxia da Droga (CEPD), Lisbon and Porto , at the Centro das Taipas in Lisbon and at the Centro de Acolhimento de Toxicodependentes (CAT) in Olhão, Algarve.

l982-l997 - Trainer of sistemic family therapists at the Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

l995-l997 - Trainer of supervisors in Family Therapy at the Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

l98l-l984 - President for two terms of the Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

l982-l997 - Family therapist at the Instituto Portugues de Terapia Familiar, in accumulation with the activity of supervisor and trainer at the Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

l996-1997 - Family Therapist in the team of family therapy at Clinica Harmonia, in Lisbon, working with families with problems in the area of fertility, erectile dysfunction and diabetes.

l997 - elected President of Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar.

lV. Works published:

Articles in national and foreign reviews, namely Contexto, Revista de Psicologia, Terapie Familiale (Revue Internationale d’Associations Francophones), Toxicodependencias, Itaca (Magazine of the European Society of Professionals Working with Drug Dependences). Co-author of the book “Quem sai aos seus”, Edições Afrontamento, Porto, l994.

domingo, 25 de março de 2007

Henrique Cayatte - uma apresentação

Henrique Cayatte, Designer, nasceu em Lisboa em 1957.

Membro da Associação Portuguesa de Designers, foi director gráfico de diversas editoras e trabalhou como freelancer na área editorial.
Foi Membro da Selecção Portuguesa à Bienal Internacional de Ilustração Infantil de Bratislava (1985).

Em 1990 fundou o Atelier Henrique Cayatte, onde desenvolve trabalho de Design na área cultural, educativa e científica, ilustração e produção de trabalho editorial, bem como assessoria gráfica e de comunicação pluridisciplinar e multimédia.

É membro e conferencista, desde 1993, dos Rencontres Internationales de Lurs (França). Pertenceu à Comissão Organizadora do Congresso Internacional de Design Gráfico – ICOGRADA PORTUGAL'95, tendo pertencido ao respectivo Board International e é actualmente Membro do Conselho Consultivo do Centro Português de Design.

Em 1994 coordenou os catálogos para a área de exposições da "Lisboa Capital Europeia da Cultura" e em 1996 foi editado pela revista Graphics.
Desenvolveu, em conjunto com o arquitecto italiano Pierluigi Cerri, o sistema de sinalética e comunicação da EXPO '98.

Recebeu vários prémios e medalhas, entre eles, o 1.º Prémio de Ilustração da Secretaria de Estado da Cultura 1986 para o conjunto da obra de ilustração; o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian de Ilustração 1988; o Prémio Nacional de Design, atribuído pelo Centro Português de Design (1999).

Dirigiu, entre 1995 e 2001, o Seminário Avançado de Design de Comunicação do A.R.C.O. De Setembro de 1995 a Julho de 1996 foi autor de uma crónica semanal de rádio sobre design, na T.S.F., editado pela revista Graphics (1996).

Foi responsável pelo Design global do Pavilhão de Portugal na exposição universal Hannover 2000 e pelo projecto expositivo do Pavilhão de Portugal na exposição mundial de Aichi 2005, no Japão.

É professor convidado na Universidade de Aveiro e um dos coordenadores do curso de pós-graduação em Design Urbano da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e do Centro Português de Design.

Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e da Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil - secção portuguesa do IBBY, em 2001 e o Grande Prémio de Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, na modalidade livro ilustrado, em 2002.

Foi fundador e autor do design global, editor gráfico e ilustrador do jornal Público.
Em 2003 ganha o Prémio Nacional de Design 2003 e o prémio Dibner Award 2003 com a exposição Engenho e Obra – Engenharia portuguesa no século XX.

É autor do Design da revista Egoísta que, em 2005, venceu 4 prémios de Design internacionais.

É autor do design global da obra D. Quixote, editada pelo jornal Expresso, do novo design global dos jornais Diário de Notícias e O Jogo e do design global do novo Passaporte Electrónico Português e do Cartão de Cidadão.

Prepara actualmente, entre outros projectos, uma grande exposição sobre a Terra para a Faculdade de Ciências de Lisboa.

Programa "A Psicologia e Outros Saberes"




Local: Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro
Entrada Livre

sábado, 24 de março de 2007

Ciclo de Conferências "A Psicologia e Outros Saberes"


O Ciclo de Conferências, organizado pela Mentanalysis, Psicologia e Saúde Mental, em conjunto com a Livraria da Universidade de Aveiro, dá o mote para a criação do presente Blog.
As conferências decorrerão no Auditório da Livraria da Universidade de Aveiro entre os meses de Março e Junho de 2007. No âmbito de "A Psicologia e Outros Saberes" decorrerá também um Psicodrama Público.